Hoje tratada com merecida reverência, a seleção italiana já foi freguesa dos austríacos. O primeiro encontro ocorreu em 1912, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo: goleada por 5 a 1 do então Império Austro-Húngaro, união geopolítica que durou até o fim da Primeira Guerra Mundial. Foram dez partidas de domínio, até 1929, com seis vitórias austríacas e quatro empates.
O primeiro triunfo italiano ocorreu apenas em 1931: 2 a 1, no San Siro, na abertura da antiga Copa Centro Europeia, dando início à virada no retrospecto. E vieram as competições oficiais, onde a Itália realmente faz valer sua força: venceu os quatro jogos em Copas do Mundo, além da decisão da medalha de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, frustrando a torcida do austríaco naturalizado alemão Adolf Hitler.
Dois anos antes, a seleção italiana já tinha vencido a Áustria na semifinal da Copa do Mundo: 1 a 0, no San Siro, em Milão, no penúltimo degrau para a anfitriã Itália conquistar seu primeiro título mundial. Aquela equipe italiana era dirigida por Vittorio Pozzo, que alcançou o recorde de 30 jogos de invencibilidade entre 1935 e 1939, feito igualado pela atual seleção de Mancini, que pode ultrapassar a marca neste sábado.
As duas seleções se enfrentaram outras três vezes em Copas do Mundo, sempre com vitória italiana: em 1978 (1 a 0), 1990 (outro 1 a 0, com Roberto Mancini no banco de reservas) e 1998 (2 a 1).
Se o início do confronto foi amplamente favorável à Áustria, a Itália já soma seis décadas de domínio: a última derrota da Azzurra aconteceu em 1960. Em 13 jogos disputados desde então, a Itália venceu dez e empatou os outros três.
No encontro deste sábado, o primeiro entre as duas seleções numa Eurocopa, a Áustria vai precisar se inspirar no bom retrospecto do passado para surpreender uma Itália que há muito deixou para trás os tempos de freguesia e hoje bota banca contra qualquer adversário nesta Euro.
Fonte: gegloboesporte